A RAÇA AKITA E SUA HISTÓRIA
De Matagi a Akita a verdadeira Historia da Raça
Os primeiros ancestrais dos Akita foram cães de tamanho médio, mantidos nas Aldeias Matagi (AldeiasCaçadoras) influenciadas pela pesca e pela caça no norte do Japão como Matagi-Inu, caçando diversosanimais, desde antílopes, javalis, a até mesmo ursos. Considerada uma das raças mais antigas na humanidade, os akitas constam em registros arqueológicos que datam de 8.000 AC.
O nome da raça foi dado em homenagem à localidade onde eles eram primeiramente criados, na região de Tohoku, na província de Akita, localizada no norte do Japão, ao redor de sua capital de Odate, que até hoje ainda é chamada de, Cidade dos Cães “. O afixo Inu frequentemente usado, mas sem necessidade, significa simplesmente “cachorro”.
Com o tempo o Akita foi deixando de ser um cão caçador utilizado por camponeses e com suas qualidades e características físicas começaram a ser reconhecido por sua nobreza e pelo instinto guerreiro natural da raça.

As condições sociais no Japão, foram mudando com o passar do tempo, a agricultura se estendeu, as vilas agrícolas se desenvolveram, a nobreza ficou mais forte e a insurreição era uma ocorrência diária. A população urbana cresceu, e com ela, o desejo de proteger suas propriedades com o uso de cães vigilantes e protetores – dos Matagi Inu desenvolveu-se a raça Akita Inu. Com uma aparência imponente, alerta, defensor, confiante, maior e mais forte que o Matagi-Inu, que continuava existindo nas mais remotas Aldeias de Caça.
No século 19, o costume de organizar combates de cães foi adaptado dos países europeus. Como as raças domésticas não eram cães de luta adequados, as raças estrangeiras (principalmente molossos) foram importadas e cruzadas com cães domésticos. Isso resultou em raças grandes que tinham pouco em comum com os Matagi e Akita – orelhas caídas, caudas caídas, pele solta e lábios caídos.
Em 1909 as brigas de cães foram proibidas e não havia mais uso para esses cães. Ao mesmo tempo, desenvolveu-se um movimento de conscientização e retorno aos valores e tradições japonesas, com foco na conservação de sítios históricos, paisagens, flora e fauna.


Uma pessoa de suma importância na história da raça Akita, foi o Sr. Shozaburo Wataze, que realizou trabalhos e escreveu livros sobre as raças de cães japoneses; e foi graças ao seu trabalho, que em 1919, foi promulgada a lei dos monumentos naturais no Japão.
No início da Era Shōwa (1925 a 1989), Shigeie Izumi, então prefeito de Odate, preocupado com a preservação dos cães da raça Odate, criou em 1927 a Sociedade de Preservação do Akita Inu, que hoje é conhecida pela sigla AKIHO. E em 1928, Hirokichi Saito, que trabalhava com o Sr. Wataza, fundou a Nippobken Hozonkai (NIPPO) que cuida da preservação das raças de cães japonesas.
Em 1931, o Akita (a primeira raça japonesa dentre o tipo Spitz), foi declarado Monumento Natural Nacional do Japão. Após a guerra entre o Japão e a China pouco antes da 2ª Guerra Mundial, as geladas ilhas de Karafuto(também conhecidas como Sakalinas, que passaram ao controle russo no fim da 2ª Guerra) foram ocupadas pelos japoneses, que para lá migraram para pescar arenque e buscar oportunidades de trabalho. Devido às duras condições climáticas das ilhas, grandes cães resistentes ao frio como o Akita foram deslocados para lá.
Durante a 2ª Guerra, a maioria dos cães no Japão foram usados para fins militares, sendo requisitados pelo governo japonês, para que se aproveitassem de seu pelo e carne. Entretanto, algumas pessoas mantiveram cães Akita às escondidas para não serem confiscados pelo exército. Após a Segunda Guerra Mundial, em tempos de necessidade, muitos cães não podiam ser alimentados adequadamente ou até mesmo servir de alimento, os poucos sobreviventes foram criados nesse sentido.
Curiosamente, graças à proteção aos Akita gerada por essa situação adversa, a variedade foi preservada. Na década de 60, a raça Akita finalmente pôde ser divulgada abertamente, tornando-se hoje a variedade canina que representa o Japão. A atual linhagem descende principalmente dos espécimes criados por Kunio Ichinoseki, que desde a década de 20 dedicou sua vida aos cães Akita. A moderna linhagem japonesa, conhecida como Akita Inu (ou Akita ken – leitura diferente, mas com o mesmo ideograma), tem como principais características porte grande, focinho médio, rabo enrolado, olhos escuros e pelagem média de cor branca, sésamo, marrom clara (gergelim), tigrada e ruiva. Nos Estados Unidos desenvolveu-se uma linhagem chamada Akita Americano ou Grande Cão Japonês, que descende dos exemplares levados pelas Forças de Ocupação para a América, que possui pelagem malhada escura e traços da miscigenação com o Pastor Alemão. E assim, com a ajuda dos ainda existentes Matagi Inu e Akita Inu, começou a reprodução reversa do cão japonês original do norte do Japão.
Duas linhas surgiram nesses cruzamentos. Um era o tipo de cão mais nativo do Japão, o Ichinoseki e a outra era a Linha de Dewa-Go e seu filho Kongo-Go, na qual a cosanguinidade do Molosso e do Pastor Alemão ainda era perceptível. Hoje, os cães criados sistematicamente a partir dessas duas linhas diferentes oferecem os representantes de seu tipo de Akita:


O Akita japonês – de pernas altas com um dorso curto, uma típica cabeça parecida com a do spitz como é preferido na pátria do Japão e o Akita americano – mais atarracado com pernas mais curtas, costas mais compridas e cabeça mais quadrada, atendendo à concepção americana.
O PADRÃO DA RAÇA AKITA INÚ ILUSTRADO
De Matagi a Akita a verdadeira Historia da Raça
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FILME HACHIKO
Versão Japonesa do Filme

Sinópse: Conhecido como sinônimo da fidelidade por todo Japão, o filme traz a história da vida de um cachorro chamado Hachiko. Nascido num bairro de Akita, o cachorrinho foi entregue à familía de um professor universitário, em Tóquio, recebendo o nome de Hachiko. Ao crescer, tornou-se hábito acompanhar o professor até a estação de manhã e buscá-lo à tarde. Um dia o professor adoece e não volta mais. Mas Hachiko, continua no seu dever de buscá-lo na estação de Shibuya, todos os dias, faça sol ou faça chuva.